O Racing é uma equipe difícil de descrever e rotular. É capaz de ter atuações brilhantes e convincentes, como as contra Athletico-PR e Huachipato-CHI nos últimos confrontos da CONMEBOL Sul-Americana, mas também pode sofrer derrotas inesperadas e devido a seus próprios erros.

Sim, o time do técnico e ídolo Gustavo Costas é inconsistente, mas se estiver em um bom dia, o Corinthians, rival na noite desta quinta-feira (24), pela ida das semifinais com transmissão ao vivo do Disney+, pode ser vítima de um dos ataques mais ferozes do continente.

No Campeonato Argentino, o time vem de vitória por 4 a 3 sobre o Defensa y Justicia em uma partida que serve para explicar suas inconsistências. A equipe de Avellaneda brilhou abrindo uma vantagem de 3 a 0 no primeiro tempo, mas não conseguiu segurar a diferença, sofreu, e a vitória quase escapou.

É justamente por este tipo de oscilação que o time não se manteve na briga pelo título nacional e tem, agora, como principal objetivo ganhar a Sul-Americana, disputa na qual tem as suas melhores atuações da temporada.

Como joga o Racing?

Costas geralmente joga com uma linha de três na defesa, cinco meio-campistas e dois atacantes. Ele busca juntar bons jogadores no meio-campo e atacar pelos flancos para alimentar seu centroavante, Adrián Martínez. É uma equipe voraz e ofensiva que tende a deixar espaços atrás, o que, claro, causa problemas na retaguarda.

Quais os pontos forte e fraco da equipe?

O principal ponto forte do Racing é o ataque. Com 26 gols marcados, é a equipe mais goleadora da Sul-Americana, juntamente com o Athletico, que eliminou nas quartas de final. O clube também está entre os três primeiros que mais finaliza. E tem o artilheiro do torneio: Martínez, com nove tentos.

A equipe argentina é capaz de gerar situações de gol de diferentes maneiras: com jogo associativo, com jogadas de bola parada e com contra-ataques. Eles têm uma variedade de maneiras de entrar na área do adversário e têm jogadores de enorme habilidade, capazes de desequilibrar o jogo sem precisar de muito. Entre eles, destaca-se Juan Fernando Quintero.

Seu principal ponto fraco é a inconsistência. Não é uma equipe confiável. Pode ir de uma explosão ofensiva espetacular a ser dominada na fase defensiva. O meio-campo não consegue manter o ritmo e a dinâmica e muitas vezes é desequilibrado. A linha de três na defesa não vai mal, mas às vezes há espaço entre os zagueiros e os meio-campistas.

Quem é o craque do time e por quê?

A irregularidade da equipe reflete em seus jogadores, que alternam entre atuações excepcionais e jogos decepcionantes. Quintero, Adrián Martínez e Roger Martínez seguiram esse caminho: brilharam em algumas partidas, mas em outras ficaram devendo. Os jogadores mais consistentes foram os zagueiros Santiago Sosa e Marco Di Cesare.