Integrante do Hall da Fama do UFC, Ronda Rousey é a atleta mais popular da história do MMA feminino. Tanto que, mesmo tendo feito sua última luta no esporte em 2016, a americana segue no imaginário de parte dos fãs até hoje e, constantemente, vê seu nome envolvido em rumores apontando sua volta ao esporte. Contudo, ‘Rowdy’ não alimenta tal especulação.
Ao participar do podcast ‘Insight’, Ronda foi clara ao negar qualquer possibilidade de voltar a lutar no UFC. É bem verdade que, no MMA, é comum ver profissionais anunciando a aposentadoria e, meses depois ou até anos, voltando a competir. No entanto, a veterana frisa que não tem como voltar a lutar, uma vez que não está saudável para desempenhar a função de atleta.
De acordo com a americana, as concussões a fragilizaram e prejudicaram sua carreira, já que tem lidado com elas desde seus tempos no judô.
“A cada dois anos esse rumor aparece. É bom sentirem sua falta, mas não vai acontecer. Não estou neurologicamente apta para competir no mais alto nível. Não consigo. Você chega a um nível em que as lesões neurológicas que você sofre se acumulam ao longo do tempo e não melhoram. Quando entrei no MMA, já havia sofrido dezenas de concussões. Foi cerca de uma década tendo sintomas com mais frequência. Estava jogando um jogo de zero erros. Os golpes mais leves estavam me machucando cada vez mais”, declarou Ronda.
Aposentadoria em boa hora
Justamente por ter lidado com problemas sérios em sua carreira, Ronda não pareceu arrependida por ter parado de lutar. Inclusive, em seus dois últimos combates no MMA, a atleta sofreu derrotas para Holly Holm e Amanda Nunes, sendo ambas por nocaute. Portanto, ao conhecer seus dois únicos revezes de forma brutal em sequência, a veterana decidiu colocar um ponto final em sua trajetória no esporte, já que percebeu que seu desempenho nunca mais seria o mesmo, optando por privilegiar um futuro saudável e sem complicações.
“Eu estava lutando com mais frequência do que qualquer um, tinha mais responsabilidades fora da luta do que qualquer um. Não conseguia levar um golpe sem ficar atordoada, sem ter sintomas de concussão. Não era mais seguro lutar, não conseguia continuar lutando no nível mais alto. Senti que era minha responsabilidade envelhecer bem porque sou uma representante do meu esporte. As pessoas olham para mim e pensam no MMA feminino. Se eu estiver em uma cadeira de rodas, as pessoas não vão deixar suas filhas lutarem. Tive que colocar os pés no chão e dizer: ‘Meu cérebro não aguenta mais e não tem nada a ver com o quão forte eu sou’”, concluiu a veterana.
Registro de Ronda no MMA
Rounda Rousey, de 37 anos, marcou época no MMA competindo no UFC. A americana dominou o peso-galo (61 kg) da companhia e entrou para o seu Hall da Fama. ‘Rowdy’ iniciou sua trajetória no esporte em 2011, disputou sua última luta em 2016 e construiu um cartel composto por 12 vitórias, sendo todas ela via rápida (nove por finalização e três por nocaute), e duas derrotas.