A contratação de Thomas Tuchel para dirigir a seleção da Inglaterra a partir de janeiro de 2025, com foco na Copa do Mundo do ano seguinte, é mais uma aposta da FA (Football Association) em um profissional estrangeiro para dar rumo a uma equipe talentosa, mas sem conquistas.

Campeão da Champions League e do Mundial de Clubes pelo Chelsea, além de passagens por Borussia Dortmund, PSG e Bayern de Munique, o alemão será o terceiro estrangeiro a comandar o English Team na história. Os outros dois foram Sven-Göran Eriksson e Fabio Capello.

Eriksson, treinador nascido na Suécia, assumiu a Inglaterra em janeiro de 2001, um trabalho que durou até julho de 2006. Foi dele o comando da “Geração de Ouro” do país, com estrelas do quilate de David Beckham, Steven Gerrard, Frank Lampard, Paul Scholes, Michael Owen, Wayne Rooney, Rio Ferdinand e outros.

Apesar dos talentos à disposição, a Inglaterra parou nas quartas de final nos Mundiais de 2002 e 2006, caindo para Brasil e Portugal (ambos, curiosamente, dirigidos por Luiz Felipe Scolari). Na Eurocopa de 2004, queda na mesma fase, também contra os portugueses.

Eriksson perdeu o emprego após a Copa da Alemanha, mas a Inglaterra decidiu apostar em outro estrangeiro pouco mais de um ano depois, graças à eliminação na fase classificatória da Euro 2008.

O italiano Fabio Capello, campeão por Real Madrid, Milan e Juventus, aceitou o desafio de tentar erguer um troféu também com a seleção. A chamada geração dourada já não estava no auge físico e técnico, tanto que os resultados não foram tão impressionantes.

Em sua única Copa pela Inglaterra, Capello foi eliminado com goleada por 4 a 1 para a Alemanha, em 2010, na África do Sul. Ele ainda disputaria toda a fase eliminatória da Euro 2012, mas pediu demissão quatro meses antes do torneio, após discordâncias com a cúpula da FA.

Mais de uma década depois, Tuchel assume a Inglaterra para tentar ir além do que os outros estrangeiros foram. O novo técnico assume uma seleção com diversos talentos, mas que carece de títulos. São dois vices seguidos, nas Euros de 2020 e 2024, além de uma semifinal na Copa do Mundo de 2018, todos com Gareth Southgate.